domingo, 21 de setembro de 2008

[rodo-vidas] 1ª visita e 1ª vista - Imperatriz

Rodoviária de Imperatriz
(clique nas imagens para ampliar)

Para dar o pontapé no roteiro, começando por cá, me comprometi em ir pelo menos uma vez durante a semana, em cada turno, dar uma "sacada na galera".
Resultado:
A correria atrás da documentação (que o diga o Fabrício e nossas mães) + o Trabalho = falta de tempo.
Mas bem... Resolvidas as burocracias (ou pelo menos uma etapa delas) e pedidas as contas do trabalho, lá fui eu, no sábado, exatamente às 11:15, rumo à rodoviária imperatrizense.
Duas câmeras fotográficas, caderno, caneta, mochila nas costas (eu adoro essa parte) e pernas-pra-quê-te-quero!

Doce ilusão: eu, sozinha, a pé, fotografar.
A primeira impressão que tive foi sim um tanto intimidadora.
Eu, com este corpo pequeno e magro e essa cara de 13 anos, tirar uma câmera de dentro da bolsa e começar a fotografar poderia não ser nem um pouco bem-visto, ou conseqüente. E não porquê alguém poderia me ver, me seguir, me abordar, me espancar até me deixar inconsciente e levar a minha câmera para o mercadinho, vendendo-a por 100 reais sem direitos a garantia ou troca, mas sim porque as pessoas percebem logo que você não convive ali, que você não foi viajar e, principalmente, que você deve ter algum interesse/fim por trás daquelas lentes.
Então, de primeira, me contentei com o caderno e a canetinha mesmo...
Fui andando e anotando todas as possibilidades de entrevistas, de flashes. Sentei, observei e fui observada.
Vai parecer bem poético dito assim (e porquê não!?), mas não era difícil eu virar o rosto e meus olhinhos saltitarem por tanta vida e tantas identidades - aquilo ali ao meio-dia é uma verdadeira mina de ritmos acelerados!
Fome, 13hs, ok, fim de turno.

À tardinha pedi a companhia da Flávia e do Fernando pra tentar ir registrar o que eu tinha visto (à propósito, já devemos gasolina para ele haha!)
No começo ainda ficamos um pouco com essa mistura de vergonha + desconfiança, mas depois faltaram pilhas e um cartão de memória!
Eu poderia citar alguns perfis pertinentes, como: os guichês de passagens, os hotéis/dormitórios e suas cadeirinhas de macarrão na porta, os restaurantes e a típica panelada, as barraquinhas de guaraná da amazônia, as lanchonetes (como aquela central), o posto de táxi e seus jogadores de dominó ao som do radinho, as lojinhas vende-tudo, a zeladora do banheiro nada-legal, o posto de moto-taxi, os seguranças, os "vanzeiros", os mendigos (que por frações de segundo eu perdi uma fotografia maravilhosa de um com seu violão!), os carroceiros, o guarda-volumes, os barbeiros e seus salões-que-tudo-sabem, as farmácias, os motéis, os bares, os vendedores de laranjas, os carregadores de malas, etc, etc, etc.

Enfim, conclusão: que produção que nada, o árduo mesmo vai ser a seleção!

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Próximo capítulo: Rodoviária de Alto Parnaíba (ou seria a de São Luis?)

2 comentários:

Turma de História I - UEMA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clarícia Dallo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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